vamos varrer a poesia
pra debaixo do tapete
vamos estender os jornais
e pintar a parede (de branco)
apague todas as lembranças
de que este mundo foi bom
vamos esquecer que um dia
também fomos crianças
eu quero ouvir alguém dizer
que assim é melhor
eu quero estar vivo para ver
sua cara e sentir dó
eu quero que o crime aconteça
contra aquele que pratica
só quero um espaço pra plantar
a esperança que ainda esta viva
esperança de um dia rever
de um dia reviver
de um dia...
ah! que dia é esse?
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Quase
já quase fui pai
já quase casei
já quase morri
já quase chorei
já quase apanhei
já quase bati
já quase falei
já quase deixei
já quase pedi
já quase beijei
já quase neguei
já quase cedi
já quase casei
já quase morri
já quase chorei
já quase apanhei
já quase bati
já quase falei
já quase deixei
já quase pedi
já quase beijei
já quase neguei
já quase cedi
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Do fato, fujo
prefiro dizer que não
prefiro deixar pra lá
se tem que atravessar a ponte
permaneço do lado de cá
é mais fácil inventar desculpas
sem esforço pra pedir ajuda
obstáculos verbais
para impedimentos reais
fato que, do fato, fujo
só para me livrar do fardo
se caso o acaso me puser de fronte
aí, sim, não posso fugir, de fato
enfrentar ou esquivar?
decidir é escolher
separados pela tênue linha
de quem, de fato, ao acaso caminha
prefiro deixar pra lá
se tem que atravessar a ponte
permaneço do lado de cá
é mais fácil inventar desculpas
sem esforço pra pedir ajuda
obstáculos verbais
para impedimentos reais
fato que, do fato, fujo
só para me livrar do fardo
se caso o acaso me puser de fronte
aí, sim, não posso fugir, de fato
enfrentar ou esquivar?
decidir é escolher
separados pela tênue linha
de quem, de fato, ao acaso caminha
Somente inSônia
Sônia, insana Sônia
surge como vergonha
surta, invade a Estônia
segue sem ser medonha
Sônia, inútil insônia
enfrente seus medos, ondas
espero que não te escondas
em frente à Babilônia
Vague por elos vagos
rompa com os velhos laços
rompa com a velha Roma
rompa consigo, rompa
Sônia surge, surta e segue
Sônia enfrenta, espera em frente
Sônia rompe e vagueia
Sônia só, somente inSônia
surge como vergonha
surta, invade a Estônia
segue sem ser medonha
Sônia, inútil insônia
enfrente seus medos, ondas
espero que não te escondas
em frente à Babilônia
Vague por elos vagos
rompa com os velhos laços
rompa com a velha Roma
rompa consigo, rompa
Sônia surge, surta e segue
Sônia enfrenta, espera em frente
Sônia rompe e vagueia
Sônia só, somente inSônia
O Palhaço e o Poeta
entre anedotas, tortas
entrelinhas, versos
entre sem bater
entre anedotas
tortas entrelinhas
versos dèmodè
poesias, tombos
gargalhadas, rodas
sem alguém pra ver
entrem poesias
tombos, gargalhadas
pode entrar, você
frente ao palhaço
o poeta chora
sem se perceber
o poeta afirma
que não imagina
não sabe por quê
o palhaço agora
olha lá pra fora
sem compreender
torce pela hora
sabe da demora
para acontecer
tanto o palhaço
como o poeta
hão de lamentar
um mundo sem histórias,
versos ou memórias
sem sorrir e sem chorar
entrelinhas, versos
entre sem bater
entre anedotas
tortas entrelinhas
versos dèmodè
poesias, tombos
gargalhadas, rodas
sem alguém pra ver
entrem poesias
tombos, gargalhadas
pode entrar, você
frente ao palhaço
o poeta chora
sem se perceber
o poeta afirma
que não imagina
não sabe por quê
o palhaço agora
olha lá pra fora
sem compreender
torce pela hora
sabe da demora
para acontecer
tanto o palhaço
como o poeta
hão de lamentar
um mundo sem histórias,
versos ou memórias
sem sorrir e sem chorar
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